Momentos Congelados - Exposição de fotos de filmes de Akimoto Chan
“Rebobinar” e “Avançar” são dois botões importantes quando se passam filmes no gravador. Inspiradas por este facto, são organizadas duas séries de exposições de curta duração na sala de exposições do 3º piso da Cinemateca・Paixão, denominadas “Rebobinar Macau” e “Olhar em Frente”. A primeira centra-se em temas locais, enquanto a segunda se inspira em obras de vanguarda de outros locais. Complementam-se mutuamente e estão intimamente relacionadas, o que simboliza “permanecer em Macau” e “olhar para o mundo”.
A primeira exposição da série “Rebobinar Macau”, centra-se na análise de profissionais do cinema local em diferentes posições. A produção de um filme requer a cooperação de todos, na frente e nos bastidores. No desenvolvimento da indústria cinematográfica de Macau, esta sempre contou com o entusiasmo contínuo das pessoas que ficam para trás para apoiar silenciosamente cada filme ali realizado. Veja-se na fotografia do lado direito, o momento em que os membros da equipa seguram calmamente a claquete, revelando a denotação de que apoiam em conjunto a indústria cinematográfica.
“Momentos Congelados” – Exposição de Stills de Filmes, por Akimoto Chan é a primeira exposição da série “Rebobinar Macau”. A primeira visualização de um filme pelo público, ou a impressão inicial do público, é muitas vezes proveniente de fotografias/stills. A exposição abrange os trabalhos de Chan em diferentes períodos, incluindo também os momentos antes e depois das filmagens, oferecendo um vislumbre dos filmes de Macau, podendo-se experienciar, simultaneamente, a energia e o desenvolvimento das capacidades profissionais dos fotógrafos.
Apresentação de Akimoto Chan
Akimoto Chan é conhecido pelos seus colegas de Macau como “Ah Pao”, (que em cantonense, significa: Leopardo). Desde que se tornou fotógrafo, “Akimoto” representa oficialmente o seu avatar de fotógrafo, um nome que presta homenagem aos fotógrafos japoneses que o inspiraram.
Quando Chan estava na escola secundária, começou a fotografar ao acaso, lançando as sementes sobre o seu interesse pela fotografia. Depois, candidatou-se ao curso de Publicidade na universidade, sem perceber que não estava relacionado com a fotografia. Rapidamente, começou a ler e a estudar vários livros sobre fotografia e a assistir a diferentes exposições, viajando constantemente por entre as esquinas da cidade para tirar fotografias de rua. Mais tarde, Chan juntou-se à equipa de promoção do clube de teatro da universidade e naturalmente pegou na sua máquina fotográfica, tirando fotografias para captar os momentos dos membros do clube, ancorando a oportunidade de mais tarde se a vir tornar no fotógrafo de cena da “Histórias de Macau 3”.
Chan confessou que, no início, não compreendia o que era um “fotógrafo de cena”, mas a sua paixão pela fotografia levou-o a continuar a explorar mais esta profissão, olhando para diferentes stills e cartazes. Apesar de não ter experiência, foi muitas vezes repreendido pelo pessoal por bloquear a objectiva no local de filmagem. Depois de ter trabalhado para uma série de curtas-metragens, videoclips e teatros, em 2016, surgiu a oportunidade de tirar fotografias para o filme “Irmandade” - e, desde então, a sua identidade como fotógrafo de cena foi verdadeiramente reconhecida, iniciando assim a sua carreira profissional.
Desde trabalhar numa pequena equipa de curtas-metragens independentes, até envolver-se em filmagens no mar com centenas de pessoas, Chan encontra-se empenhado na sua profissão como um fotógrafo de cena desde há dez anos. Passou pela era das caixas de eliminação de som para o início dos obturadores silenciosos. Os fotógrafos de cena nunca tiveram uma carreira reconhecida na indústria cinematográfica, nem sequer era considerada como uma posição comum na equipa. No entanto, eles testemunham o fluxo e a alteração do tempo através da luz e sombra, e têm utilizado a forma mais singular de se ligarem de uma forma profunda aos filmes de Macau, ao longo de todos estes anos.